sábado, 17 de novembro de 2012

Palavras


“— Você gosta delas?”
Perguntou-me o senhor.
E com palavras belas,
Mostrei-lhe todo meu amor.

Palavras, meu senhor, são a esperança
Pois com elas posso brincar,
Igual a uma criança.

Com elas escrevo
Uma estória sutil.
Com elas descrevo
Um sentimento infantil.

Com a escrita invento um cenário,
Semelhante a um santuário.
Meus personagens sãos exagerados,
Concebidos do imaginário.

Papel, caneta e imaginação,
Veja estimado senhor,
Tenho o mundo em minha mão.

Com as palavras posso escrever,
E assim viver algo inexistente.
Pois é mais que do querer,
É criar o incoerente.

Ele sorriu
“— Você ama a escrita, minha doce menina”
E uma lágrima surgiu.
Era dor e alegria,
Pois logo ele partiria.
Afinal o velho senhor,
Só fazia parte da minha estória de amor

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